Ping Pong Pablo Vaz, a fotografia e o time STU
Credits: Renata Lopes
O time do Oi STU Open teve o reforço também na Fotografia. Cliques que eternizaram os momentos importantes e marcantes do evento. Todo o material que vocês viram em nossas redes, sites e na mídia, grande parte teve o dedo dessa cara.
ENTREVISTA PABLO VAZ – Fotógrafo especializado, o cara tem no portfólio a cobertura de grandes eventos internacionais e o clique para grandes nomes do skate mundial.
1 – Em que momento entendeu que o seu olhar para a fotografia poderia tornar-se a sua profissão?
Na verdade, meu início na fotografia se deu de forma contrária ao que habitualmente acontece. Não foi a fotografia que me escolheu, mas sim eu que a escolhi. Eu, na adolescência tinha muita curiosidade sobre equipamentos de foto e vídeo, luz, som, etc. E, aos 17 anos de idade, em 2003, em um dia qualquer do mês de março, estava sentado na pista de skate do lado de casa olhando a galera andando e decidi, simplesmente, que eu iria virar fotógrafo. A partir desse dia eu comecei a estudar sozinho, adquirir equipamentos e investir na minha carreira, pois sabia que era isso que queria fazer da vida.
2 – O skate fez parte de uma decisão em fotografar esportes ou ele acabou se destacando por empatia? Qual a sua relação com o skate?
Minha relação com skate vem de meados de 99 – 2000. Vivia na rua andando de skate com meus amigos após voltar da escola e simplesmente respirava skate todos os dias. Comprava revistas, vídeos, amava tudo o que o universo do skate me apresentava. Quando decidi que seria fotógrafo, em partes se deu por querer estar envolvido com esse universo. Fazer parte da história do skate e poder viajar, conhecer meus ídolos até então, e estar em contato com o skate e tudo o que ele pudesse me proporcionar. A fotografia foi a ferramenta que utilizei para isso, já que em cima do skate deixo muito a desejar… Hahaha…
3 – Para fotografar skate, o que acha essencial? Como aplicou isso ao STU, com 237 competidores?
Antes de mais nada e, talvez, o principal, seja conhecer o skate, seus fundamentos e características. Como também conhecer os skatistas participantes é muito importante. Ter um certo grau de amizade ajuda muito na hora de fazer boas fotos. Fotografar eventos é muito diferente do que estar em sessões de fotos na rua, em viagens. Mas, com a experiência de alguns XGames no currículo, de ter acompanhado por dois anos toda a temporada de corrida da Stock Car, o know-how adquirido em eventos desse porte fez com que a cobertura do STU fosse algo relativamente fácil de se fazer, mesmo com o fato de me dispor a fotografar e subir as fotos para um banco de imagens quase que em “real time”.
4 – Você é fotógrafo querido de marcas importantes no esporte, como traduziria o atual momento do skate e que posição o Oi STU Open ocupa nessa evolução?
Vejo o skate atualmente ganhando muito espaço nas mídias convencionais, principalmente pelo fato de ser um novo esporte olímpico que, apesar de todas as críticas, estabelece um novo patamar para o esporte, trazendo mais recursos e visibilidade. O Oi STU Open chegou nesse exato momento de crescimento, unindo mídia, skatistas, a CBSK, WCS e outras entidades e colocando-as em um trabalho em conjunto e unificado. A estrutura e o respeito que o skate recebeu naquela semana foi impressionante, um primeiro passo para algo muito maior que tenho certeza que está por vir. Me sinto honrado por ter feito parte de alguma maneira de um evento como foi o STU e não vejo a hora da próxima edição.